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Certificação de produtos orgânicos-12ª

 




Índice

 Introdução

Certificação de produtos orgânicos. 5

Agências e instituições internacionais. 5

Mercados dos produtos orgânicos. 5

Países produtores e consumidores. 6

Princípios ambientais e sociais da agricultura orgânica. 7

Produtividade e manutenção dos mercados. 7

Conclusão. 9

Bibliografia. 10

 


 

Introdução

 

No início da nossa pesquisa de agricultura orgânica Produtividade e manutenção dos mercados A garantia de vida das espécies é a sua produtividade, e a agricultura orgânica fá-lo. Para garantir este processo é necessária uma manutenção de modo a não criar desequilíbrio. Essa manutenção pode ser feita de diversas formas, uma das quais é a garantia da fertilidade do solo, que passa pelos méto­dos de reciclagem deste, e só assim prover, um bom desenvolvimento das plantas que atribuem valor à agricultura e garantem o fluxo dos produtos no mercado.


Certificação de produtos orgânicos

Agências e instituições internacionais

A certificação consiste num conjunto de regras e de procedimentos adoptados por uma entidade certificadora auditora, que assegura por escrito que determinado produto, processo ou serviço obedece as normas e às práticas da produção orgânica.

Internacionalmente, um dos órgãos que credencia as certificadoras é a International Federation of Organic Agriculture Movements (IFOAM), Federação Internacional dos Movimentos de Agricultura Orgâni­ca, que é uma federação que congrega os diversos movimentos relacionados com a agricultura orgânica.

A Farm Verified Organic (FVO), que actua na certificação de produtos orgânicos desde 1980, foi a pri­meira empresa nos EUA a receber o credenciamento junto a IFOAM. A FVO, actualmente, tem actividade em 11 países, de quatro continentes - Europa, América, Ásia e África.

O conceito de avaliação da conformidade incorporou a participação na sua verificação; na prática, materializou-se nos sistemas de «certificação participativa» praticados na América Latina e Caribe, e que, no mundo, são também conhecidos como Sistemas Participativos de Garantia, por sugestão da IFOAM e do MAELA - Movimento Ago ecológico da América Latina e Caribe.

Mercados dos produtos orgânicos

Segundo estudo produzido pelo The Future Laboratory em parceria com a vamtagem, agência produtora de uma Insights, o mercado de alimentos orgânicos deve movimentar US$ 104,5 biliões, em 2015, e o de funcionais, responsáveis por alterar a percepção que os consumidores têm dos alimentos genetica­mente modificados, deve facturar, em 2014, US$ 29,8 bilhões.

Os consumidores de mercados emergentes, como os que integram o BRIC (Brasil, Rússia, índia e China) e os MAVINS (México, Austrália, Vietname, Indonésia, Nigéria e África do Sul), têm alterado padrões de consumo mundiais de alimentos. Países, como índia e China, tornaram-se mais ocidentalizados e pas­saram a consumir mais carne.

Para uma melhor qualidade de vida, as pessoas buscam cada vez mais alimentos saudáveis para comporem sua alimentação. Seguindo este novo modo de vida, surge um mercado para os produtos orgânicos em ascensão mundial. Este mercado, que primeiramente, se originou na Europa, disseminou-se rapidamente para o resto do mundo.

A agricultura orgânica tem-se desenvolvido rapidamente no mundo, nos últimos anos, e é hoje pra­ticada em 138 países.

Os países com maiores áreas de produção orgânicas são, respectivamente, Austrália, com 12,29 milhões de hectares, China, com 2,3 milhões de hectares e Argentina, com 2,22 milhões de hectares.

O país europeu com maior área orgânica é a Itália. Na maioria dos países europeus, particularmente na União Européia, as propriedades orgânicas são apoiadas pela legislação e pagamentos directos.

Na América Latina, a área total certificada é de quase 5 milhões de hectares, a que se adicionam mais 6 milhões de hectares certificados como floresta e áreas de extrativismo. Quase todos os países da América Latina têm sectores orgânicos, com diversos níveis de desenvolvimento. Os países com maior proporção de áreas orgânicas são o Uruguai, a Costa Rica e a Argentina. A maior parte dos 2,8 milhões de hectares orgânicos da Argentina é de pastos extensivos.

Em África os produtos oriundos da agricultura sob maneio orgânico são raramente certificados, e nalguns países este mercado não é possível. Mesmo assim, as propriedades têm aumentado, especialmente nos países do sudeste, como a Tanzânia, Zâmbia, Zimbabwe e Moçambique.

Países produtores e consumidores

A agricultura orgânica evita o uso de adubos químicos, pesticidas e organismos geneticamente modificados, e reduz a níveis mínimos a poluição do ar, do solo e da água. É nesta base que muitos paí­ses aderem a esse tipo de agricultura, que visa reduzir os impactos negativos ao meio ambiente, garan­tindo uma produtividade isenta de interferência de agrotóxicos.

 

A agricultura orgânica é praticada com fins comerciais em 120 países, nos quais ocupa cerca de 31 milhões de hectares, segundo um relatório publicado pela FAO.

Este tipo de agricultura não é somente um fenômeno dos países desenvolvidos. Algumas projecções sugerem que a agricultura orgânica «tem o potencial» de cobrir a demanda mundial de alimentos, assim como a do tipo tradicional faz hoje, mas com «um impacto menor sobre o meio ambiente».

A FAO dedica-se à agricultura orgânica, e apresenta um relatório sobre seu papel na segurança ali­mentar, no qual se identificam as vantagens e os inconvenientes destas plantações.

O traço principal da agricultura orgânica é que se baseia em recursos produtivos, presentes ao nível local não dependendo de combustíveis fósseis. Além disso, por trabalhar com processos naturais aumenta a rentabilidade e a resistência dos ecossistemas agrícolas às condições meteorológicas adversas.

Tendo em conta a biodiversidade no tempo, a rotação de culturas, a área de cultivo e culturas mistas, os agricultores orgânicos usam o seu trabalho e os serviços ambientais para aumentar a produção de uma forma sustentável. No entanto, para que um camponês passe a praticar a agricultura orgânica, são necessários conhecimentos agro ecológicos e disponibilidade de mão-de-obra, o que pode ser uma difi­culdade em países onde a população foi dizimada pela SIDA (HIV).

A FAO pede aos Governos que dediquem recursos à agricultura orgânica e a incluam nas suas estra­tégias nacionais de desenvolvimento e redução da pobreza.

As plantações orgânicas produzem o mesmo rendimento em grãos, em lavouras de milho e soja, em relação às plantações convencionais, mas utilizam 30 por cento menos energia, menos água e nenhum pesticida. Esta é a conclusão de um estudo que durou 22 anos, conduzido pelo professor David Pimentel, da Universidade de Cornell, Estados Unidos.

As lavouras orgânicas oferecem vantagens reais. O estudo compara a plantação orgânica, com a plantação convencional de lavouras de soja e milho, em termos de custos e benefícios ambientais, ener­géticos e econômicos.

O cultivo orgânico desses grãos reduz, em média, de 30 por cento da energia fóssil utilizada, mas também conserva mais água no solo, induz menos erosão, mantém a qualidade do solo e conserva mais recursos biológicos do que a agricultura convencional.

A agricultura orgânica apresenta maiores rendimentos, pois a erosão do vento e da água que podia degradar o solo é controlada pelos mecanismos adoptados para o processo, e há uma melhoria contínua em termos de matéria orgânica, humidade, actividade microbiana e outros indicadores de qualidade do solo.

Princípios ambientais e sociais da agricultura orgânica

 

A agricultura orgânica obedece a certos princípios básicos ambientais e sociais que envolvem o novo sistema de produção. Deve, além de considerar e respeitar os limites estabelecidos pela Natureza, valorizar o conhecimento prático dos agricultores, as suas habilidades e preocupar-se com a participação dos consumidores.

Nesse contexto, é necessário que haja uma relação adequada entre o produtor e o consumidor. Nas entidades ligadas ao processo devem dar valor à opinião pública, usando como base a ética, onde o con­sumidor é o elemento chave nas conversações.

É preciso considerar que o novo sistema de produção deve ter espaço para as respostas inovadoras os agricultores, as circunstâncias e às suas necessidades, uma habilidade que normalmente é adquirida depois de muitos anos, começando na infância.

A agricultura orgânica cria um sistema pelo qual agricultores e especialistas agrícolas possam interagir para que não seja condescendente com os agricultores ou negue a individualidade de seus pro­blemas, e que ao mesmo tempo mantenha a integridade e a unidade das recomendações que os especialistas tenham a oferecer.

Qualquer agricultura que se deseje sustentável, tem que ser constituída por algo maior do que um conjunto de recomendações técnicas que levem em consideração os limites ecológicos da produção agrícola. A tecnologia a ser desenvolvida e utilizada, deverá ser a base da cultura que a pratica, e também participar dessa cultura. Não deverá de modo algum ir no sentido contrário ao dela.

Produtividade e manutenção dos mercados

A garantia de vida das espécies é a sua produtividade, e a agricultura orgânica fá-lo. Para garantir este processo é necessário uma manutenção de modo a não criar desequilíbrio. Essa manutenção pode ser feita de diversas formas, uma das quais é a garantia da fertilidade do solo, que passa pelos méto­dos de reciclagem deste, e só assim prover, um bom desenvolvimento das plantas que atribuem valor à agricultura e garantem o fluxo dos produtos no mercado.

Os consumidores de produtos orgânicos devem ser críticos, participantes, e devem estar mais próximos dos agricultores. Existem preços diferenciados do mercado, auto-restrições na utilização de insumos químicos nos processos orgânicos de produção mas, contudo, deve haver um comportamento ético na produção e comercialização; e não só, deve haver também preocupação com a saúde do agri­cultor, condições de trabalho, preservação e regeneração do meio ambiente.

Este sistema de produção que navega contra a corrente do pensamento oficial e dos interesses das empresas transnacionais de insumos agrícolas, a sua forma de se relacionar com a natureza (no processo de produção agrícola) deve ser equilibrado e com uma visão holística do processo de produção.


Conclusão

 

Conclui o trabalho de agro-pecuária  agricultura orgânica obedece a certos princípios básicos ambientais e sociais que envolvem o novo sistema de produção. Deve, além de considerar e respeitar os limites estabelecidos pela Natureza, valorizar o conhecimento prático dos agricultores, as suas habilidades e preocupar-se com a participação dos consumidores.

 

 Bibliografia

 

Título: AP12 • Agro-Pecuária 12º  classe

Autor: Stella Morgadinho

Coordenação: Stella Morgadinho

Editor: Texto Editores, Lda. Moçambique

 BAIXAR O TRABALHO (.docx)

 


 

 

 

 

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